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Pray For Japan! :'(

Aflição, medo e apreensão. Esses são os sentimentos que tomaram conta ontem de aproximadamente 5 mil famílias maringaenses que têm parentes no Japão. Um terremoto de magnitude 8,9 atingiu o nordeste do país - foi seguido de uma tsunami com ondas de até 10 metros de altura que invadiram o continente - e pode ter deixado mais de mil mortos. A cidade de Sendai (Província de Miyagi), com 1 milhão de habitantes, foi a mais afetada pelo tremor, sentido em diversos pontos do arquipélago nipônico.
Os empresários Edson e Dante Takahashi têm tios e primos japoneses que residem em Sendai. Eles lamentam a falta de informações sobre os familiares.
"Eles têm uma propriedade rural próxima à parte montanhosa. Ligamos várias vezes, mas infelizmente não conseguimos falar com ninguém. É muito angustiante. Estou em contato permanente com meus parentes de Londrina para saber se eles têm alguma novidade, mas ainda não há nada", diz Edson.
Os problemas de comunicação com o Japão aumentam a aflição dos familiares. A professora de japonês Sônia Ikuta conta que teve dificuldades para ligar para o marido, que está em Chiba, na região central do país.
"Após muitas tentativas consegui telefonar e confirmar que ele estava bem, mas ele me disse que a cidade está arrasada. O tremor aconteceu por volta das 14h40 (horário japonês) e foi realmente muito forte. Os buracos deixaram as ruas intransitáveis",conta.
Motoo Kanada, secretário da Seicho-no-ie de Maringá, tem três filhos no Japão. Um deles mora em Tsukuba, na Província de Ibaraki. "Mesmo a 150 km do epicentro do terremoto, a cidade sentiu os tremores. Recebi uma ligação dele às 6h30 nos tranquilizando e dizendo que, apesar do susto, todos estavam bem", conta.
A dona de casa Luciane Kaseda ficou sabendo do tremor pela tevê e recorreu à internet para entrar em contato com o irmão, que mora em Nasushiobara, região central do país. "Assim que fiquei sabendo da notícia entrei no MSN. Graças a Deus ele estava lá, com a mensagem ‘tô vivo, tô vivo’", conta.
A sexta-feira foi agitada nas empresas especializadas em encaminhar brasileiros para trabalhar no Japão. "Meu celular não parava de tocar desde as primeiras horas da manhã. Várias famílias estavam preocupadas com seus parentes", conta Willy Tagushi, proprietário de uma agência em Maringá. 

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